Nos poucos 28 verões que já comemorei, em nenhum deles senti tão forte a invasão da tecnologia na simples e importante missão de entregar a mensagem de Feliz Aniversário.
Ontem (23) comemorei mais um bom ano de vida, e as felicitações chegaram por todos os meios possíveis: e-mail Orkut, MSN, twitter, blog, SMS, celular, telefone fixo, recado, bilhete, etc...
Só não recebi nenhuma mensagem pelo correio...
Este fato me fez lembra que na minha infância, nesta época do ano, era comum ver minha mãe colocando cartões de natal como enfeite na árvore de Natal, a maioria deles chegava por correio e eram postados até por pessoas que residiam no mesmo bairro. Alguns anos atrás eu ainda recebia de algumas empresas que sou cliente, cartões de aniversário, mas o caminhar dos cortes de custo, descobriu que a mensagem por e-mail tem um custo quase zero, pode ser mais interativa, personalizável, rápida, eficaz e fria...
A falta do palpável transmite frieza e distanciamento. Logicamente que não posso ousar querer que um amigo em Minas ou em Londres venha pessoalmente me desejar um feliz aniversário, e que muitas vezes a correria do dia, agravada pela falta de estacionamento em áreas próximas as agências do Correio, inibi a utilização do serviço de entrega publica ao menos que seja extremamente necessário e indispensável
Mas, a meu ver, em todo esse panorama, ainda resta à boa e velha invenção de Alexander Graham Bell, que apesar de distante ainda é mais próximo que as letras coloridas da internet.
Claro que, antes ser virtualmente felicitado, do que ser esquecido, mas nenhuma tecnologia do mundo terá poder de competir com aquela velha invenção de Deus: O Abraço!
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