quarta-feira, 19 de maio de 2010

Alpino Fast!

Como estudante desse fabuloso mundo mercadológico, fico extremamente decepcionando quando vejo gigantes de mercado, com a Nestlé, posicionar produtos de forma a dar a entender que a empresa visa a ludibriação dos seus clientes. Nessa semana resolvi experimentar a nova bebida láctea da fábrica que traz o nome do famoso chocolate Alpino. Ao analisar a embalagem acabei me deparando com pequenas letras, posicionadas de forma a fugir da linha de visão do consumidor, pois os olhos instintivamente irão seguir o risco de uma espécie de organograma da parte traseira da embalagem.



Tudo bem que alguém pode justificar que o último livro do Sidney Sheldon nem foi escrito por ele, que mal teria a Nestlé lançar um produto usando apenas a marca do produto?

Tudo bem que exista uma estratégia de branding que justifique isso, e que afinal uma empresa necessite gerar lucro, aumentar market share, share of mind, etc, etc e tal.

Mas saindo de cena o estudante de marketing, e adentrando no palco o consumidor. Fica apenas meu desapontamento com uma marca que até então figura em altíssimo nível conceitual para mim. Mas que infelizmente com apenas seis palavras consegui perder um lovemark.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Misturando Hard Core e Sertanejo!

Bom... Segunda feira! (Não precisa dizer mais nada!)


Eu sentando a três horas consecutivas em um quarto de 1m por 1m com os joelhos encostados na parede com a cara colada em um painel telefônico com 600 cabos!!!

Ao longe escuto uma música...


CPM 22! Não sei viver sem ter você

Fazia tempo que não ouvia nada dessa banda! Podemos colocá-la na vanguarda da prostituição do hard core brasileiro, mesclando a “pegada” hard com as letras ”cornianas” (de corno mesmo!) da música sertaneja (que até hoje necessita que se escreva “música” antes do “sertaneja” para que ninguém confunda com outras coisas menos lisonjeiras!). CPM 22 foi à incubadora para bandinhas que pipocam na mídia usando letras de sofrimento amoroso, como se o amor fosse a única razão de existir do ser de calças colantes. E que nenhumas das outras milhares de coisas existentes no mundo, fossem dignas de estarem em uma canção!

Como o trabalho (depois de sete anos!) é executado quase que de maneira automática, me concentro no som que vem de longe. O cantor manda assim:

“Te ligar de madrugada sem saber o que dizer

Esperando ouvir sua voz e você nem me atender

Nem ao menos pra dizer:

Que não vai voltar,

Não vai tentar me entender,

Que eu não fui nada pra você,

Que eu deveria te deixar em paz”



Ai eu divago nas minhas reflexões e chego as seguintes conclusões:

1. Esse cara além de ser bem inconveninente, ligando pros outros durante a madrugada, é enormemente indeciso, pois fez a ligação sem a mínima ideia do que iria falar!

2. Não tem o mínimo de “semancol”, pois ainda se espanta de a pessoa não atender sua ligação inutil durante a madrugada;

3. Deve ser bem desocupado para estar de madrugada pensando na melhor maneira de apurrinhar os outros;

4. Deve achar que todo mundo é desocupado como ele e não precisa levantar cedo pra trabalhar;

5. É chato e insistente, pois mesmo a pessoa terminando o relacionamento com ele e não atendendo suas ligações, ele ainda acha que a pessoa deveria deixar seus afazeres cotidianos para lhe dizer: “Que não vai voltar / Não vai tentar me entender / Que eu não fui nada pra você / Que eu deveria te deixar em paz.”



Como dizia Gandhi: A música da vida, corre o risco de se perder na música da voz!

Boa semana!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Corre, corre...

A vida corre mais ou menos assim: Um belo dia de outono em Mogi das Cruzes, faz sol, existe um certo clima de tensão no ar. Depois de ir dormir às 2h30 da manha e ter acordado às 6h, o trem bate forte e segue rumo a Ferraz. Vou de acompanhante, vou de companheiro.




O pote de ouro não promete ser muito grande, talvez nem exista nada por lá, mas é necessário ir, sondar, comprovar, ver para crer. Volto pra Mogi com uma hora e meia de atraso, clientes mordazes maldizem minha pessoa, nada de novo sobre o sol. A vida segue o rumo sonolento do interior, as donas de casa conspiram revoluções mundiais em seus blocos e se derem sorte podem até tomar de assalto o condomínio, os porteiros observam e distribuem doses grátis de veneno. Deus salve a fofoca!

Hora de ir embora (13h45), próximo compromisso: Reunião com sindico novo no Alto do Ipiranga (Mogi também). Horário do compromisso: 14h. Penso eu cá aqui comigo mesmo: Se um dia der tempo eu almoço né?!

Corre, corre, moto no corredor. Buzina, retrovisor: PLAFT! Quebrou... Desculpa meu senhor, mas não vai dar pra parar não, compromisso às 14h!!!

Cabeça de político, bolsa de mulher e sindico novo: nunca se sabe o que vai sair de lá de dentro. Adentro ao apê, escuro, fechado: Pro gato não escapar. Explica o novíssimo sindico novo. Bôra lá então se apresentar, algo parecido com uma entrevista de emprego. Se houve troca de sindico, provavelmente o antigo não estava realizando um bom trabalho, e como num governo, se troca o presidente, trocam-se os ministros...

Sindico novo diz: Me traga uma nova cópia do contrato para eu assinar.

Ai sim sindico novo. Até a UBC vai sair beneficiada nessa hein!

Corre, corre, moto no corredor. Buzina, pedestre. Aiiiiiiii... essa passou raspando!!!

Arroz, feijão, frango frito no prato frio, um minuto no microondas. Sem tempo pra pegar a faca, pra isso Deus deu os dentes. Sem tempo pra sentar na cadeira, pra isso Deus deu as pernas.

Liga, liga pra saber o desfecho de Ferraz. NOSSAAAAA! O pote de ouro existia!!!

PARABÉNS AMOR VOCÊ MERECE!!!

Cezar de Souza me espera na minha triunfal volta atrasada. Sobe e desce escada, solta e aperta parafuso, explica o funcionamento, agradece, pega prancheta, garrancha: Ok (processo repetido 204 vezes!) Devia ter sentado no almoço...

16h55 = Let’s go home now! Ou não…

Faltam 4 aparelhos Dona Sindica? E o kiko?! Discussão pra apurar responsabilidade e minha cabeça pensando: 7 minutos pra chegar em casa + 15 minutos pra tomar café + 15 minutos pra tomar banho + 15 minutos pra me arrumar e pegar as coisas da faculdade + 5 minutos pra chegar até a faculdade = ESTOU ATRASADO! (17h15)

Chega em casa, pula o café, corre pro banho, pega a primeira roupa, enfia qualquer caderno na mochila, pega a jaqueta põe o capacete. 5h55 tranca o portão

Corre, corre, OPS! Policia! Corta pela rua do cemitério. Ufa, essa também foi por pouco! Ninguém merece ser parado em comando.

Chegar adiantando na faculdade tem sim seu preço. Tô exausto, com fome, com sono... Mas tudo se resolve num olhar!

Aula que passa voando, porque minha cabeça não para de arquitetar um dia mais agradável pra você. Isso sim não teve preço!

Fim de aula com a Lia (dando o mesmo trabalho, falando as mesmas coisas, pra outra turma)! Aff... seria cômico se não fosse trágico!

Fim de aula, Viação maldita, qualquer dia te furo os quatro pneus!!!

Chego em casa, estômago gritando de fome, ligo a luz do quarto, opa, recebi uma carta! Mamãe deixou em cima do computador, vamos ver...

MULTA DO RODIZIO EM SAMPA.

Valeu Kassab boa noite pra você também!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Todas as formas em forma de mulher


Caminhando sempre...


Tudo o que posso lhe prometer

São flores as segundas-feiras

E café na cama no domingo

Posso lhe garantir a porta aberta do carro

A cadeira puxada no restaurante

Dizer-lhe sempre todas as suas qualidades

E mentir um pouco sobre seus defeitos

Colocar nossa historia em uma música

E teu nome em um coquetel

Prometo-te uma loucura

ou talvez várias...

Uma noite de vinho, poemas e violão

outra de pétalas e velas...

Posso te fazer um jantar,

desde que isso a surpreenda

Seus amigos irão gostar de mim

mesmo que eu não goste deles!

Algumas surpresas realmente irão te deixar surpresas

Só me deixe perceber quando elas se tornarem previsíveis

Ainda posso te prometer carinho sem grude

Respeito sem monotonia

Liberdade sem ausência

Desejo! Sim muito desejo.

Um vôo de asa delta

Um salto de pára-quedas

Uma cachoeira, uma serra

Uma colina sem fim

Podemos caminhar lado a lado

E juntos irmos atrás dos nossos sonhos

Mas também podemos primeiro,

enfrentar seus medos...

resolver seus fantasmas...

começar uma nova historia!

Continuo caminhando...

Todos os sentidos te desejam

Todos os sentidos me levam a você

Todos os sentidos se perdem...

Todas as formas em forma de mulher

Sigo em frente, a vida passa, não podemos parar!

Estendo-te as mãos, agora é contigo...

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Devaneio do viajante


Esse texto esta sendo escrito diretamente no blog, e não será editado, corrigido ou alterado...


Não quero discorrer sobre um assunto especifico, sinto apenas uma vontade de digitar letras e mais letras, como se esse fosse o remédio pra um anseio que vem crescendo e tomando forma nos últimos dias!

Há alguns dias atrás me peguei pensando muito sobre o que será da minha vida daqui para frente, sobre qual melhor caminho tomar, as decisões se acumulam na porta do quarto e ameaçam invadir minha calmaria a qualquer momento.

Não tente entender, não busque padrões, conclusões... Isso são apenas linhas que passam soltas e errantes pela minha mente, e uma a uma, vou pinçando-as e ao atirando-as ao léu via net.

Hoje na minha vida, não existe mais espaço para mais ou menos, meio a meio, parcial ou pedaço! O inteiro me seduz, me provoca... Os erros do passado não voltarão a ser cometidos, uma vida nova esta a janela e me convida sorridentemente a ir com ela...

Chega de doações demasiadas, de pulos inconscientes, de carga máxima nos devaneios do viajante...

Umas coisas precisam parar, outras necessitam de punho torcido no acelerador! Os 160 km/h na Ayrton Senna já não me entorpecem, já não curam nem silenciam...

O baixo da vida me assola escondido no tapete, inconstância momentânea que enferruja meu sorriso, deve passar em breve, levar consigo a depressão das terras baixas!

Ela ainda esta na janela...

Preciso tomar um banho, não posso começar tudo sem me purificar!

Ao vivo e agora, ponho um ponto final...

Até logo mais.

sábado, 20 de março de 2010

Cravina dos poetas








Queria ser um poeta

Para entre sussurros rimar

Realidade e sentimentos

E usando cores de Almodóvar

Amenizar meu sofrimento

Quando na melancolia noturna

Travando conversa com uma estrela amiga

Vivendo um trailer de desejos e fantasias

De um front escondido no tempo

O amor explodirá, como guerra em Saravejo



Teu sorriso tranca minha felicidade

Tua realidade seqüestra meus sonhos

Mas na amnésia de sua presença

Faço pairar sobre ti

A asa suave do meu amor

Entregando-me a sua servidão

Como uma foz sem direção

Na primavera ensolarada

Florindo dentro do meu coração



Andando entre sombras de sedução

Refrigero minha alma

Te esperando na dor e na calma

Pegando carona no cometa da ilusão

Chorando a fria chuva da paixão



E se em tua sacada

Uma brisa suave beijar teus lábios

Lembre-se de sonhos infantis

E de campos de lírios

Imagine o sol banhando a terra

Como fogos saudando o novo milênio

Em uma musica monocórdia

Procuro a mim mesmo

Mesmo, que eu, esteja perdido dentro de você



E no sono, a calmaria

Uma prece levada a Maria

Que ressoa pelo ar

Como uma cantiga de ninar

Enobrecendo o solo de um cravo

Na clássica melodia de Bach

Tocada por uma orquestra de anjos

Cantada um coral de arcanjos



E agora, me vertendo em doces lágrimas

Me inspirando em belas paisagens

Entre o secreto aroma do jasmim

E a difusa sensação de amar

Meço sob uma placa de opala,

Iluminada pela luz da imaginação

Quantos caminhos cruzados juntos

Juntos..., mesmo sem você saber

E como um último apelo perante teu júri

Criei um mundo inteiro

Só não te criei em meus sonhos

Pois você e meu sonho real

A cravina que a falta

E tira a beleza do meu jardim



E assim,

Lhe proclamo meu amor

Oh, bela e trágica flor !

E na mais sublime verdade

Te espero pela eternidade

Em um paraíso romântico

Canto o mais belo cântico

Para que você entenda meu pesar

E venha logo me amar

Por favor,

Olhe para mim

Pois só então irá atinar

Que sem você, tudo é fim.



Rodrigo Luiz Cardoso Fukunaru

sábado, 13 de março de 2010

Na Berlinda: O Fanatismo

Às vezes me pego pensando em qual será minha missão aqui nesse mundo. Por horas, passo as obrigações do dia, para um estágio automático de execução dos procedimentos e rotinas de uma vida em sociedade, e nesse períodos filosóficos várias questões me vem a mente e gostaria muito de dividi-las com você agora.


Pergunto-me constantemente: O que leva uma pessoa a hostilizar e a iniciar um ato de violência gratuita!

Para este simples observador, é impossível pensar em Estádios de Futebol sem que me venha a mente a imagem de um enorme cemitério ou um Coliseu Contemporâneo. Tento entender o por que, de uma pessoa que possui uma família, um trabalho, amigos, etc, a simplesmente decidir que aquela vida não deve continuar, pelo simples motivo que o pano que cobre seu tórax possui uma estampa diferente da dele...

Acredito há algum tempo, e o próprio tempo vem dando indícios de que minha tese psicológica-social é valida. Ao meu ver, pessoas que não possuem grandes conquistas em suas vidas, ou que consideram suas conquistas insuficientes, tem uma tendência muito maior ao fanatismo esportivo, essas pessoas, pendem a uma tendência de projeção de seus anseios para ícones externos, que podem se materializar em um amor virtuoso e possessivo, ou em acompanhamento fanático de grupos culturais, esportivos ou políticos, estas pessoas tomaram para si as vitórias do seu grupo, defenderam sua ideologia sobre qualquer custo, e podem encontrar sua zona de conforto na espera dos resultados desse grupo, deixando sua vida em stand by, pois a sua auto-imagem, não lhe satisfaz, e acaba por tornar este individuo um personagem oco, perdido dentro de sua própria historia, reagindo aos estímulos externos do cotidiano, sem linearidade, nem planos, sem cor...

A participação de grupos sociais de maneira saudável e ponderada, estimula a civilidade e a coletividade do ser, aumenta a percepção de sua importância perante o todo, o obriga a enfrentar com hombridade conflitos inerentes a condição humana, fazendo desta pessoa, um companhia melhor para si mesmo e para todos que o cercam.

No próximo post continuarei com minhas divagações sobre as entranhas da sociedade moderna, inclusive focando um post excluisvo sobre o fanfatismo religioso. Espero contar com sua presença no nosso próximo bate papo, foi um enorme prazer pode compartilhar novamente contigo estes momentos!

Um grande abraço.