sábado, 19 de dezembro de 2009

Cinema: 2012




Ontem foi noite de cinema. Em cartaz o apocalíptico 2012! Para quem procura um thriller de ação, sem maiores preocupações técnicas ou artísticas, a película é daquela que fazem você grudar na poltrona, tentando ajudar o avião a subir sem se chocar com enormes prédios que desabam ao redor, 2012 é perfeito. Recheado de momentos de grande tensão e expectativa, o filme prende o telespectador do inicio ao fim.


Fora todo o simulacro comum ao cinema hollywoodiano, o filme traz uma miscelânea de catástrofes que mudariam definitivamente a vida no planeta Terra, baseado no fenômeno 2012, que se fundamenta principalmente no Calendário de Contagem Longa Mesoamericano, que possui ciclos de 5.125 anos que acabariam no dia 21 ou 23 de dezembro de 2012 (belo presente de aniversário pra mim! rs...). A idéia deste evento mundial é rejeitada e considerada uma pseudociência pela comunidade cientifica internacional

Licença poética validando tudo, o filme apresenta a teoria de que raios solares infiltrando-se na crosta terrestre por meio de microondas aumentariam à temperatura e consequentemente a pressão do centro da Terra. Esta “panela de pressão” desencadearia algo parecido com a Teoria da Pajeia, onde o solo se descolaria das placas tectônicas, ficando a deriva no planeta, causando enormes fissuras terrestre onde antes eram enormes metrópoles, engolindo cidades inteiras para o mundo do magma, provocando mega tsunamis com inundações cataclísmicas, com direito a reportagem transmitida pela Globo News, do Cristo Redentor ruindo frente a uma enorme onda.





Avisado a tempo (como sempre), o governo americano (como sempre), toma a frente para perpetuar a raça humana e constrói no Himalaia uma versão hi-tech da Arca de Noé, e vende passagens secretamente pelo troco de 1 bilhão de euro por pessoa. Entre os VIP’s estão chefes de estado, cientistas, mafiosos, políticos, etc! Impossível deixar de puxar uma ponte sobre as posturas messiânicas dos EUA nos filmes e o atual desencadeamento do malfadado Acordo de Copenhague...


Depois de todos os percalços característicos, o filme apresenta a nova geografia do planeta, com o continente Africano praticamente intacto, se tornando o ponto mais alto da Terra, e os pólos magnéticos totalmente alterados

O filme de acordo com o diretor Rolland Emmerich, pode vir a se tornar uma série de TV, que retrataria a vida pós-2012, mas nada ainda foi confirmado. Com todo o potencial de se tornar um blockbuster, trás o peso de um orçamento de US$ 260 milhões, e de nomes como John Cusack e Danny Glover. No contra peso vem à leveza de nenhuma grande interpretação, do simples remake de O dia depois de amanha (do mesmo diretor) da pontuação de frases de efeito, e abobrinhas, e chuchus, e etc e tal...

A estratégia de marketing foi duramente atacada por David Morrison da NASA, que diz ter recebido inúmeras perguntas a respeito da veracidade alardeada no site do fictício Institute for Human Continuity, de acordo com Morrison, alguns adolecentes chegaram a dizer que estavam pensando em suicidio pois não queriam ver o mundo acabar.

Polêmicas a parte aconselho o filme.

O entreterimento de 2012, ainda é melhor que televisão em casa



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